Neste segundo dia do Endorecife 2016, um dos temas discutidos na primeira parte da manhã foi a diabetes tipo 1, que representa de 5% a 10% dos casos da doença, e é resultado da destruição das células beta do pâncreas, com consequente deficiência de insulina. Entre as principais novidades sobre o tema, destaque para as palestras dos médicos Jaqueline Araújo e de Carlos Couri. Dra Jaqueline apresentando para o público o que há de mais recente sobre bomba de insulina, com destaque para a criação do pâncreas artificial ou biônico, o principal aparato tecnológico no controle do diabetes e que deve ser lançado até 2018 no mercado americano e desenvolvido na Boston University, que infunde tanto insulina quanto glucagon, permitindo ajustes mais finos e uma meta de glicemia mais estreita. Isso porque possíveis hipoglicemias podem ser sanadas com a combinação entre a suspensão da insulina e a liberação do glucagon. Já o Dr. Carlos Couri destacou o sucesso do seu estudo com transplante de células-tronco com pacientes dependentes de insulina. Apesar de não ser considerado a cura para o diabetes, esse estudo brasileiro, pioneiro no mundo, realizado pela Unidade de Terapia Celular do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), vem obtendo resultados animadores no tratamento de pessoas com a doença crônica. “Estamos obtendo resultados animadores nesse trabalho. Estamos tendo condições de oferecer mais qualidade de vida aos pacientes, através de um controle mais tranqüilo. Em nosso trabalho existem pacientes que ficaram anos sem a necessidade de utilizar a insulina. Infelizmente, não podemos ainda apontar o controle como cura, mas sim denominar como diabético controlado e sem necessidade de insulina”, comenta o especialista, que afirma que a pesquisa ainda precisa de maiores comprovações para ser concluída.