Vitamina D é um hormônio produzido pela pele que atua, diretamente, na absorção do Cálcio pelo organismo. É um dos maiores aliados na prevenção da Osteoporose e produzido a partir da exposição solar. Para a pele produzir a Vitamina D, precisa receber radiação ultravioleta direta, estando exposta ao Sol e sem qualquer proteção, inclusive sem o protetor solar.
Um estudo realizado pela Unidade de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Agamenon Magalhães, constatou que a quantidade de Sol que a pele precisa para produzir a Vitamina D consumida diariamente pelo organismo é equivalente à que agride a pele, com risco de desenvolvimento de dermatoses solares, como o temido câncer de pele. “Não podemos prevenir uma doença, colocando em risco o desenvolvimento de outras. A idéia é que se houver produção de Vitamina D pela exposição solar, também pode agredir o DNA cutâneo”, esclareceu o diretor da SBEM-PE, Francisco Bandeira. Segundo ele, foram pesquisados dois grupos de pessoas.
O primeiro estudou 15 surfistas, entre homens e mulheres, com uma média de idade de 30 anos e o segundo observou 300 homens com mais de 65 anos e de pele escura. Foi constatado que após cinco horas com 75% da área do corpo exposta ao Sol, sem protetor solar e no horário de maior incidência direta dos raios ultravioletas, os surfistas só produziram 40% da Vitamina D necessária para o consumo diário. “O próprio sistema de defesa do organismo reage e produz melanina para proteger a pele. É o bloqueio necessário para se evitar um dano maior”, esclarece Francisco Bandeira. No segundo grupo estudado, dos idosos, observou-se que eles possuem 50% de deficiência da Vitamina D. “É um percentual alto para se resolver com exposição solar, principalmente, nesta idade”, ressalta o endocrinologista.
Na opinião dos especialistas, a melhor forma de prevenir a Osteoporose é a reposição da vitamina via oral. “Como a Vitamina D é mais encontrada em peixes gordurosos, como o salmão selvagem do Alaska, mas que é difícil de conseguir, mesmo no hemisfério norte, a reposição da deficiência dela no organismo é mais indicada via oral, por meio de suplementos específicos”, explica Bandeira. “Mas é importante que isso só seja feito indicado por um médico e acompanhado por ele, pois o excesso deste hormônio no organismo pode elevar o Cálcio no sangue e, consequentemente, desenvolver insuficiência renal, cujo tratamento é por meio de diálise”, alerta ele.