No Brasil, cerca de 40% da população tem excesso de peso. Desse total, 15% são considerados obesos. A obesidade, que já é considerada uma doença crônica, constitui no aumento da massa corporal e a elevação de gordura do organismo. As pessoas com este quadro de sobrepeso estão vulneráveis a diversas doenças, entre elas o diabetes tipo 2, que por sua vez potencializa outras enfermidades. Há uma corrente da medicina que defende a cirurgia bariatrica, mais conhecida como redução de estômago, como melhor opção de tratamento do diabetes tipo 2, entre eles, o endocrinologista pernambucano, Ney Cavalcanti.
Cavalcanti explanou sobre o tema, nesta sexta-feira (28), durante palestra no EndoRecife 2013, em Muro Alto, litoral Sul pernambucano. Na ocasião, o endocrinologista falou da urgência de encontrar métodos melhores no tratamento da obesidade. Segundo o especialista, ao contrário do que se pensa, a mudança na dieta dos pacientes não é o método mais eficaz, pois na maioria das vezes só funciona no curto prazo. O endocrinologista explicou também que a cirurgia de redução do estômago garante maior perda de peso com menor incidência de complicações, além de ter melhor condição custo X benefício.
O posicionamento de Ney Cavalcanti, entretanto, não é um consenso entre os profissionais da área. Segundo o endocrinologista, a comunidade médica ainda debate sobre alguns critérios, entre eles o que definiria quais casos devem ter indicação para cirurgia bariátrica “Temos a obrigação de mostrar as vantagens e desvantagens de cada método. Na minha experiência, tive resultados positivos com a cirurgia”, disse o especialista, ressaltando que os métodos ainda devem ser mais aprofundados.