A pré-diabetes é uma situação que antecede a diabetes. Os níveis de açúcar no sangue estão altos, acima do normal, mas a pessoa ainda não pode ser considerada diabética. E o melhor: a situação pode ser revertida. Já os diabéticos, precisam conviver com a condição e ter uma atenção maior com a saúde, pois inflamações são fatores de risco maiores se comparados a pessoas não diabéticas. Os processos inflamatórios em pessoas pré-diabéticas e diabéticas exigem atenção redobrada. Esse foi o tema de uma das palestras, desta sexta-feira (06/06), na 17ª edição do EndoRecife, congresso que acontece até sábado, no Summerville, que fica em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco.
Um dos tipos de inflamação mais comum é a aterosclerose, que é o acúmulo de placas nas artérias e, que caso não seja tratada, pode levar ao infarto do miocárdio e também, ao risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo a especialista Vera Santos, se não houver um controle, depois de diagnosticado o processo inflamatório, o quadro pode se tornar preocupante. “Aumentam consideravelmente os riscos para os diabéticos, mas com cuidados e prevenção podem ser controlados”, explicou a endocrinologista, durante sua palestra.
Entre os métodos para controle dos níveis de gordura na circulação, estão os exames de sangue que mostram o início da inflamação. O aumento nos índices de marcadores, como o colesterol ruim, por exemplo, podem ser revertidos com mudanças no estilo de vida como a prática de exercícios, alimentação saudável e doses de aspirina. “Quanto ao consumo de aspirina, deve ser indicado e acompanhado pelo médico porque, à longo prazo, eles podem causar problemas gastrointestinais”, afirma Vera Santos.
Outro indicador importante, que é um dos tópicos da conferência do médico americano no EndoRecife, Vivian Fonseca, são focos de infecção dentária que também podem levar a eventos cardiovasculares e aumento da resistência a insulina, por isso o cuidado com a saúde da boca também é essencial para os diabéticos. Para o especialista, os marcadores são uma importante forma de controle. Durante o evento, mais de 800 médicos do Brasil e do Mundo discutem as melhores formas de diagnóstico e tratamento, para proporcionar o bem-estar de seus pacientes, diabéticos ou não, a preocupação com é com a saúde de todos.