Alterações nas glândulas suprarrenais podem causar Doença de Addison e Síndrome de Cushing

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A endocrinologista Patrícia Gadelha

Com apenas cinco centímetros de diâmetro, as glândulas suprarrenais (​localizadas ​acima dos rins) são responsáveis pela produção de hormônios importantes para o funcionamento do corpo, como por exemplo, o cortisol, que atua na regulação do nosso metabolismo. A alta ou baixa na produção desses hormônios pode desencadear doenças raras, mas que não têm alto índice de mortalidade. A Doença de Addison e a Síndrome de Cushing estão entre as possíveis desordens originadas por alterações nessa​ ​ glândula. Esse foi um dos destaques da 17ª edição do Endorecife, congresso promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de Pernambuco (SBEM-PE), que ​ ​ teve início nesta ​ ​ quinta-feira (05 ​)  e segue ​até sábado (07), no ​ ​ Summerville, em Ipojuca, ​ ​ Litoral Sul pernambucano​ ​ .​
​Especialistas que debateram sobre o tema hoje, alertaram que, c om o aumento da idade, aumentam as chances de alteração nas glândulas suprarrenais. “A partir dos 60 anos, 3% da população mundial terá algum tipo de nódulo na adrenal, a maioria benignos e assintomáticos”, afirma o médico André Faria. ​ E mais, quanto maior o nódulo, maior a probabilidade de produzir hormônios e a necessidade para sua extração. ​ A ​ especialista Milena Caldato, ​entretanto, tranquiliza a população de que ​ não há motivo para alarde ​ .  “Se alguma alteração aparecer nos exames de rotina é necessário acompanhamento anual, mas para o resto da população não há razão para preocupação”, esclarece. As causas da alteração hormonal ainda são incertas e o tratamento deve ser prescrito de acordo com o diagnóstico.

PROGRAMAÇÃO – Além de duas conferências e um simpósio,
​ ​ a programação desta quinta-feira ​  cont​ou​ ​  ainda com quatro mesas redondas. A especialista Patrícia Gadelha adianta que os temas discutidos durante o congresso são de extrema importância para os profissionais, ​   ​ uma vez que ​  o “debate é o momento mais rico do encontro”. Gadelha, que é pernambucana, diz ainda que além de tomar conhecimento dos novos estudos, o evento também intensifica os laços entre os profissionais da área. O congresso é considerado o maior do Norte/Nordeste.

“Todos os anos a equipe da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de Pernambuco se esforça para trazer novas descobertas e tornar o encontro ainda mais produtivo”, garantiu
​Lúcio ​ Vilar, ​ presidente da SBEM-PE,​   ​ ao destacar a presença de cerca de 800 p ​essoas no evento​ . As palestras e conferências acontecem, simultaneamente, em duas salas no hotel.  Além dos encontros, a organização também selecionou importantes marcas da indústria farmacêutica para compor o showroom do evento.