Campanha de prevenção da obesidade no Marco Zero do Recife

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Aproveitando a passagem do Dia Mundial de Prevenção da Obesidade, a SBEM-PE, em parceria com a Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), realizou uma campanha informativa e de alerta à população sobre a doença no feriado de 12 de outubro, no Marco Zero do Recife, no centro da capital pernambucana. Contando com a presença da diretoria da regional e com alunos de medicina da Liga de Endocrinologia (Lamepe) da Universidade Maurício de Nassau, houve a aplicação de questionário para o público frequentador do local, sobre qualidade de vida, além de aferição de peso e medida da circunferência abdominal.

Na ocasião, houve um reforço para o manifesto conjunto das entidades, que tem o objetivo de mostrar que a obesidade deve ser tratada com respeito e de forma responsável, sem sensacionalismo, como o destaque a dietas milagrosas, que colocam em risco a saúde e a vida das pessoas.

Doença em franco crescimento na população e considerada uma epidemia mundial, a obesidade é uma preocupação cada vez maior para quem lida com o problema. Pesquisa do Ministério da Saúde, por consulta telefônica (Vigitel), realizada ao longo dos últimos 10 anos, mostra os hábitos de vida dos brasileiros que impactam no crescimento da obesidade, do diabetes e da hipertensão.

Em uma década, as doenças crônicas avançaram (diabetes 61% e hipertensão 14%). Mais da metade da população está acima do peso (19% dos brasileiros são obesos). Em contrapartida, o consumo de álcool está estável e há uma maior busca pela vida saudável, com aumento do consumo de frutas e hortaliças, redução do consumo de refrigerantes e aumento de atividades físicas. A pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas comprova que há uma transição no Brasil da desnutrição para a obesidade.

Sociedades médicas, como a SBEM e a Abeso, advertem que a obesidade não é culpa da pessoa, mas uma doença crônica multifatorial que precisa da criação de políticas públicas de prevenção e tratamento visando o melhor resultado para o paciente, com atendimento multidisciplinar. É preciso integrar o currículo das faculdades de Medicina e de outras profissões ligadas ao atendimento do paciente com obesidade, com constante atualização. E é necessário assegurar medicamentos, como doença crônica, considerando a cirurgia bariátrica como parte do tratamento, quando necessário e indicado.